segunda-feira, 25 de agosto de 2008

"Acto III - Hither came The Kraken"


O Terceiro Acto de "O Conto de Duas Cidades - Scornubel e Silverymoon" começou com um estrondo. Agitação, foi a palavra mais usada na sessão...

Agora que estou mais aliviado da escrita das Crónicas, sobra mais tempo para analisar atentamente as sessões, numa espécie de "As Escolhas de Marcelo". E até tenho lista de livros como sugestão de leitura: "A Balada de Tharkin Firenostril", "O Tomo das Régias Canções dos Príncipes de Netheril", e muitas outras obras da literatura Faerûniana...

4 comentários:

Psygnnosed disse...

Sendo isto D20, eu daria à sessão um confortável 16-17 (modifier +3, chulado!).
No cômputo geral foi muito boa, e houve dois ou três pormenores que THE PSY adorou...

» Pelo melhor:
Há algo muito subtil, que pode passar despercebido à maioria dos jogadores, mas seguramente não passa ao DM. Ao fim de ano e meio de jogo, o grupo está finalmente a jogar como “um grupo”. Nesta primeira sessão do “Acto III” da mega-campanha, foi possível ver que cada um sente o seu papel bem definido e que não fica à espera que alguém tome a iniciativa. Todos jogam em partilha, o que é muito agradável de ver.
Para aumentar “the goodness” deste facto, há outro pormenor que me deixou ainda mais contente. Verifiquei, por diversas vezes, as inúmeras referências que in-character foram feitas a “Firenostril”, “Wyvernrage”, “Eyes of Moradin”, “A Barda, e o Livro das Canções”, “O Emporium”, “a pólvora”, “Jälkonthor”, e muitas outras referências que levam um DM a ficar satisfeito, pois todas elas são elementos únicos, e exclusivamente criados para este universo. Não são “os harpers”, ou o “Elminster”, ou “os Red Wizards”. As referências que são evocadas são aquelas que foram construídas e trabalhadas unicamente neste grupo, conseguindo caracterizar algo como “somente seu”, criado por todos com o propósito único de dar vida a um projecto em conjunto.
Quando isto acontece, arrisco dizer que se atingiu o “epic level” de um role-playing game!
(Sidgahrd: fico à espera do desenho do brasão do clã Wyvernrage!)

Além disto, houve outras coisas que deixaram o pobre DM radiante. Foi possível passar a sensação de “vocês ainda estão no mesmo sítio, mas as coisas estão diferentes”. O ambiente está diferente, mais tenso. Há feridas que foram abertas e que tardarão a sarar. Quer a nível interno, quer no mundo que vos rodeia.

A tentativa de “skill challenge” em 3.5 foi produtiva. Não é suposto funcionar como foi feita, mas a intenção era apenas testar o conceito e ver se era possível e interessante. Com algum trabalho creio que se consegue tirar daqui bons resultados. Sugestões são bem-vindas.

Gostei também de ver o pessoal a trabalhar para criar os items mágicos que pretende, vendo o custo e o que envolve a sua criação, em vez de simplesmente “chutar” isso para o DM, aumentando o seu trabalho.

Em suma, a abertura do “Acto III” marcou pontos.

» O Momento da Sessão:
Jack é empurrado para o fundo do rio pelo corpo inanimado do Kraken, enquanto Sid e Lithlandis se debatem com dificuldades para conseguir nadar no remoinho e na sucção criada pela descida do corpo gigantesco, impossibilitando-os de socorrer Jack. Sionna cria um vortex na água, puxando toda a massa do Kraken e da água que o rodeia para cima, num jacto potente, esparramando o corpo “gargantuanesco” no meio da praça central. “Salada de polvo para todos”, diz Guni Brandyfoam, cozinheiro d’O Emporium.
Isto, meus caros, é mais um daqueles momentos épicos que viverão por muito tempo nas “Crónicas de Balazanar”!

» O Pior:
Será possível que, ao fim de 27 sessões, não-sei-quantas crónicas, posts de blog, mails, histórias contadas ao redor da lareira, mitos e lendas, pesadelos sem fim, e tudo o mais... ainda haja quem, a meio de uma sessão, pergunte: “O Olothontor é um dragão verde, não é?”.
Pasmo! THE PSY está pasmo! C’est pas possible! Estou a ver que tenho sido demasiado brando com “O” dragão...
Someone’s begging for Caos...
“NIGHTMARE OF THE BLUE THUNDER”... parece-me uma título apropriado para o terceiro segmento da campanha… >:]

Sid disse...

Eu gostei da sessao, acho que foi uma boa abertura para a terceira parte da campanha mae.

O skill chalenge nao posso criticar nem dar sugestoes se ainda nao conheço 100% o sistema por isso vou esperar que mais uns apareçam para dar a minha opiniao

"Jack é empurrado para o fundo do rio pelo corpo inanimado do Kraken, enquanto Sid e Lithlandis se debatem com dificuldades para conseguir nadar no remoinho e na sucção criada pela descida do corpo gigantesco, impossibilitando-os de socorrer Jack. Sionna cria um vortex na água, puxando toda a massa do Kraken e da água que o rodeia para cima, num jacto potente, esparramando o corpo “gargantuanesco” no meio da praça central. “Salada de polvo para todos”, diz Guni Brandyfoam, cozinheiro d’O Emporium."

Tu mesmo tentando nao consegues ficar sem escrever um pouco das cronicas =P

E quem disse que Sid tinha difficuldades a nadar????
fique sabendo que eu nadei melhor que qualquer sardinha ali presente, que venham os Jogos Olimpicos de Faerun!

Ja agora parabens pelo cozinheiro, é uma personagem bem conseguida e agora com um dwarf cozinheiro e uma elfa barda o Emporium vai começar a ficar ainda mais interessante.

Psygnnosed disse...

Em relação aos skill challenges, tenho tentado ver melhor como aquilo funciona, e lá está... no papel a coisa funciona bem, mas na prática é mais difícil colocar a coisa a sair certinha.

Como é óbvio, o teste que nós fizemos não correspondia ao que as regras ditam. A intenção era somente ver como era possível reagir face ao conceito, e tentar integrar toda a gente. Propositadamente eu fiz aquilo extremamente fácil, sempre com DC de caca, pois a maioria dos DC sugeridos (em 4.0!) são de 22 para cima.
Penso que os skill challenges não têm forçosamente que incluir todos os membros do grupo - o que obviamente faz sentido - mas procuram puxar pela criatividade e improviso do pessoal.
Deixo aqui um link para um exemplo na página da Wizards:
http://www.wizards.com/default.asp?x=dnd/4dnd/20080522b

Bem, em suma, e tentando procurar um exemplo familiar, quando vocês saíram à procura de Reitheillaethor, em vez de eu dizer "ok, vocês andaram quatro dias pela floresta, e chegaram ao reino dos elfos...", num skill challenge, para vocês conseguirem chegar a Reitheillaethor, teria que ocorrer algo desta forma: o Sid usava o seu KN geography para procurar encontrar o caminho (DC 22), de seguida, a Sionna podia usar o seu KN nature para saber que zonas da floresta seriam habitáveis pelos elfos em causa (wood elves); como parte do challenge, até podia usar o feitiço "speak with animals" para perguntar a um esquilo em que direcção era mais comum encontrar elfos, e com isso ganhar um bónus no check, seguir-se-ia o Lithlandis, que poderia usar Survival para saber se o trilho que o grupo estava a seguir era adequado, ou se estavam a andar em círculos, ou a entrar numa zona mais inóspita da floresta. Para complementar, o Lithlandis até podia dizer que, sendo ele um wild elf, e tendo vocês a informação que o reino que procuravam era composto por wood elves e wild elves, ele teria experiência própria para saber se os elfos da sua raça viviam mais junto a rios, ou a lagos, ou nas zonas fronteiriças das florestas, etc, etc.

Em suma, parece-me uma forma bastante mais curiosa para encontrar o reino dos elfos do que "vocês andaram quatro dias pela floresta, e chegaram ao reino dos elfos...".

E o que aconteceria se vocês falhassem o skill challenge? Bom... estão perdidos numa floresta desconhecida, provavelmente vão ter um encontro inesperado com um bando de trolls, e vão ter uma penalidade nos saves, e arcar com algum "subdual damage" motivado pelo cansaço, algumas penalidades nos saves, etc. E depois terão que procurar uma outra forma de chegar ao destino, como por exemplo pedindo ajuda a um sátiro, ao qual terão que pagar alguma coisa para que ele vos sirva de guia.

Pessoalmente, acho um conceito muito interessante. Agora, é questão de limar as arestas e ver como se pode transferir isto de 4.0 para 3.5.

Alex disse...

Os skill challenges sao fixes, a ideia parece muito interessante.

E quanto à questao "do pior", nem sequer me ouviste ó pateta! Primeiramente, o que perguntei foi se o Jalkonthor era verde ou não, porque tava na dúvida se era primo ou irmão do Olothontor e associei à escama verde que a Siona tinha na tiara. Acho que já toda a gente percebeu que o Olothontor é azul, mas desculpa lá se não sei as relações familiares e sanguíneas dos dragões! Cromo!