Vão-se Lich’ar!
Isto é o que eu tenho a dizer aos meus jogadores, depois de compararem as minhas sessões a Yu-Gi-Oh...
A minha sede de vingança não será branda!
Colocando momentaneamente de lado o meu ódio, esta foi mais uma das sessões a entrar para o lote das “excepcionais”.
Com a entrada em Caer’bara e a introdução dos Fenmarel’quessir, os receios “de uma certa peúga púrpura” mostram-se agora infundados. A história tem muito para dar!
»» Pelo Melhor:
Havia dois grandes desafios para esta sessão em particular: fazer de Caer’bara algo interessante, e pensar no que estaria na parte do Sul da Grande Floresta.
Quanto a Caer’bara, há já algum tempo que eu vinha a trabalhar na dita cuja (praticamente desde que o troll criou o conceito). Entendi que não devia de a apresentar como “umas ruínas élficas que estavam ali esquecidas a um canto”, mas sim com uma visão própria e diferente de tudo o que até aqui tinha sido explorado. Assim, “a velha capital de Eaerlann” apresentava-se com um testemunho triste dos tempos de outrora. Ligar o declínio de Caer’bara com a ascensão de Lothen foi um daqueles “toques à Psy”.
Faltava somente povoar a cidade com alguns “indígenas” interessantes...
Os Encontros em Caer’bara
Inferno Spiders (CR 8)
Comecei a pensar, em termos de ecologia, “que bichos é que habitariam numas ruínas escuras, húmidas e quentes”? Ora, nem mais, Inferno Spiders! Ainda mais, o facto de Caer’bara estar à beira de um vulcão, era justificação mais do que plausível para as “fire abilities” delas. Entretanto, lembrei-me de ir buscar o velho mapa que eu tinha, de uma praça de cidade, e usá-la para um encontro interessante. O combate correu bem, foi interessante, e serviu o seu propósito: amaciar ligeiramente o grupo.
Baralhei-me um bocado com as stats dos bichos, um pouco por culpa da WOTC que em cada livro muda a forma de apresentar a info (hate them!). Também fiquei na dúvida se usei bem a cena do veneno. É suposto aquilo ser activado em todos os ataques? É suposto ser só em relação ao primeiro save?
Stone Golem (CR 11)
Notem que, mais uma vez, tudo o que ocorreu no interior da Guilda Arcana é culpa do David! Ele é que escreveu aquelas coisas todas... eu só as interpretei... :P
Pensando em termos de “combates seguidos e variados”, o golem surgia como o “juggernaut” do dia. Grande, com muitos hp, e a fazer muito dano.
Porque razão eu “nerfei” os golems: o grupo estava reduzido (apenas 3 elementos), já tinha passado por um desafio forte, e caso eu rolasse um critical, arriscava a espetar 58 de dano com um golpe numa das personagens, o que poderia ser fatal no caso particular do Jack. Não que ele não merecesse, mas estar a matar o Jack duas vezes com estátuas mágicas era um bocadinho evil. :P
O combate foi um desafio à altura, tendo o seu momento alto ocorrido quando o Sid ficou com as duas bracers presas nos “enormes seios de pedra da Amazona-golem-elfa”.
Se a Karelya te visse!!!
Liches (CR 7)
Bem, e a surpresa em forma de comité de boas vindas estava no interior da sala de magia, com quatro liches fofos à espera dos jogadores. O cenário foi talvez o mais interessante em que jogámos até aqui. Infelizmente os liches não estiveram à altura... Os REF saves do grupo são demasiado altos, e eu evito usar os spells de WILL para fazer dominate ao grupo. Isto torna os spellcasters quase obsoletos, a menos que estejam apoiados com melee. Assim, os magos acabaram por passar “quase despercebidos”... Tirando um ou dois magic missile na peúga púrpura, e a web, ao qual o Gengibre escapou com grande nível, os “ai-e-tal-coitadinhos-de-nós-estamos-tão-mortos-com-liches” nem serviram para aquecer.
Ora, somando tudo, acho que os combates foram muito bons (ainda faltam os shadow dragons e os advanced fiendish driders...).
Os Fenmarel’quessir
Após o resultado algo inesperado da sessão anterior, era preciso, em tempo recorde, desenvolver o que quer que houvesse no Sul, e que poderia vir a servir como aliado dos refugiados de Caer’bara. Surgiu-me a ideia de criar de raiz toda uma civilização élfica que tivesse um estilo de vida meio cigano, e que fosse diferente do habitual. Pegar no “mito” dos feral elves e trabalhar em redor do mesmo, pareceu-me interessante. E aqui temos novas personagens, diferentes, interessantes, originais, e que podem ajudar a redesenhar o que conhecemos como “A Grande Floresta”.
Algo que eu gostaria de salientar pela parte positiva, foi a imediata decisão do Sid de começar a aprender a língua dos Fenmarel’quessir. É bonito, muito in-character (sempre em busca de conhecer novas gentes e os seus hábitos), e vai dar bónus de role-play ao Gengibre (a anunciar).
»» Pelo Pior:
Pessoalmente, não tenho nada em particular a apontar pelo pior. No entanto, o Gengibre enviou-me uma mensagem a dizer que se sentia magoado por estarem constantemente a atirar-lhe à cara que é chulo. Tendo noção que tenho parte da responsabilidade nisso, aproveito para pedir desculpas – aqui perante o tribunal – pelo ocorrido. Em parte, sabem que eu chamo chulo a tudo e todos, na maioria das vezes na brincadeira, mas nesta sessão, agora pensando em retrospectiva, é provável que tenha sido mais “cáustico”, e obviamente a minha intenção nunca é fazer os jogadores sentirem-se mal (a menos que se trate do David).
Já tivemos muitos debates em torno do “power level” das personagens, e eu continuo a defender a minha posição: na minha visão, acho que as personagens estão muito bem para a tipologia de campanha em que jogamos. Também devo dizer que me custa um bocado ver sessão-após-sessão tanta contestação em relação aos bichos que eu coloco no caminho do grupo. Em quase quarenta sessões, somente por duas ou três vezes é que surgiu um desafio “over the top”. Todos os restantes são rigorosamente ao nível do grupo, e quando coloco algo mais forte, faço as adaptações que julgo necessárias para equilibrar com o grupo, como foi o caso de retirar os +8 de dano do golem. Já disse várias vezes: comparem as personagens com os bichos que estão nos “livros oficiais” e vejam se de facto estão tão indefesos como constantemente se queixam. Eu continuo a achar que vocês fazem as comparações pela negativa, reclamando que as personagens deviam estar muito mais fortes, que é precisamente o que ocorre no estilo de jogo Americano, que é delineado por combates atrás de combates atrás de combates. Em mais de 75% dos casos, o grupo derrota com extrema facilidade os adversários, e isso eu sei melhor do que ninguém, pois sou eu que estou deste lado do tabuleiro, e como tal tenho uma leitura privilegiada.
Também me parece excessivo o vendaval que acontece quando aparece um bicho com damage reduction ou que tenha uma habilidade que seja particularmente resistente a algum membro do grupo, seja o facto de serem imunes a criticals, ou estarem protegidos contra grapple, ou outra coisa qualquer. Em 90% dos casos a reacção é exagerada, dando a entender que as personagens são umas “princesinhas” que assim que aparece algo menos fácil fazem beicinho e dizem “não brinco mais!”.
Em relação ao Sid estar mais forte do que o resto dos companheiros, convém não esquecer que praticamente em cada sessão o Gengibre compra equipamento para investir no potencial do Sid, algo que não acontece com os outros membros do grupo... Posto isto, é mais que óbvio que os saves dele são melhores, as habilidades dele são melhores, e o equipamento dele é melhor. Não me parece justo estarem a apontar baterias ao DM e a dizer que as personagens estão fracas, quando só um dos membros do grupo é que usa o loot dos combates para melhorar a personagem...
Se aparece um bicho que voa: amuam porque “não faço nada e mais vale ficar aqui de braços cruzados”.
Se levam uma porrada grande: amuam porque “o DM não lhes dá poções de cura”.
Se aparece um bicho com Fire Resist 10: amuam porque “as minhas armas não prestam, não consigo fazer dano ao bicho, mais vale ficar de braços cruzados”.
...
E DEPOIS EU É QUE SOU A PRINCESA!!!
»» O Momento da Sessão:
A batalha com as inferno spiders está ao rubro. De cima do telhado, o troll diz: “Vou fazer charge, saltar cá de cima, e esmerdar a aranha toda! Tou para aqui com esta treta toda, e ainda me sai um fumble...”
O troll rola o dado: 1
A gargalhada é geral. O momento é profético. O DM não pode perder a oportunidade, e atira o “charging werewolf” para dentro de um poço... que está a seis metros da aranha...
Só porque é o David... :P
»» Nota da Sessão: 18/19
Em termos de role, a coisa correu muito bem, em termos de ambiente o mesmo se passou, e, como já referi, os combates foram muito giros. Tudo junto, leva esta a ser uma das sessões com melhor nota até ao momento.
»» Lições e Considerações:
O que eu teria feito diferente? Se voltasse atrás, provavelmente substituía os golems por shield guardians, e punha os liches a descer as escadas, fazendo um combate mais dinâmico.
Isto é o que eu tenho a dizer aos meus jogadores, depois de compararem as minhas sessões a Yu-Gi-Oh...
A minha sede de vingança não será branda!
Colocando momentaneamente de lado o meu ódio, esta foi mais uma das sessões a entrar para o lote das “excepcionais”.
Com a entrada em Caer’bara e a introdução dos Fenmarel’quessir, os receios “de uma certa peúga púrpura” mostram-se agora infundados. A história tem muito para dar!
»» Pelo Melhor:
Havia dois grandes desafios para esta sessão em particular: fazer de Caer’bara algo interessante, e pensar no que estaria na parte do Sul da Grande Floresta.
Quanto a Caer’bara, há já algum tempo que eu vinha a trabalhar na dita cuja (praticamente desde que o troll criou o conceito). Entendi que não devia de a apresentar como “umas ruínas élficas que estavam ali esquecidas a um canto”, mas sim com uma visão própria e diferente de tudo o que até aqui tinha sido explorado. Assim, “a velha capital de Eaerlann” apresentava-se com um testemunho triste dos tempos de outrora. Ligar o declínio de Caer’bara com a ascensão de Lothen foi um daqueles “toques à Psy”.
Faltava somente povoar a cidade com alguns “indígenas” interessantes...
Os Encontros em Caer’bara
Inferno Spiders (CR 8)
Comecei a pensar, em termos de ecologia, “que bichos é que habitariam numas ruínas escuras, húmidas e quentes”? Ora, nem mais, Inferno Spiders! Ainda mais, o facto de Caer’bara estar à beira de um vulcão, era justificação mais do que plausível para as “fire abilities” delas. Entretanto, lembrei-me de ir buscar o velho mapa que eu tinha, de uma praça de cidade, e usá-la para um encontro interessante. O combate correu bem, foi interessante, e serviu o seu propósito: amaciar ligeiramente o grupo.
Baralhei-me um bocado com as stats dos bichos, um pouco por culpa da WOTC que em cada livro muda a forma de apresentar a info (hate them!). Também fiquei na dúvida se usei bem a cena do veneno. É suposto aquilo ser activado em todos os ataques? É suposto ser só em relação ao primeiro save?
Stone Golem (CR 11)
Notem que, mais uma vez, tudo o que ocorreu no interior da Guilda Arcana é culpa do David! Ele é que escreveu aquelas coisas todas... eu só as interpretei... :P
Pensando em termos de “combates seguidos e variados”, o golem surgia como o “juggernaut” do dia. Grande, com muitos hp, e a fazer muito dano.
Porque razão eu “nerfei” os golems: o grupo estava reduzido (apenas 3 elementos), já tinha passado por um desafio forte, e caso eu rolasse um critical, arriscava a espetar 58 de dano com um golpe numa das personagens, o que poderia ser fatal no caso particular do Jack. Não que ele não merecesse, mas estar a matar o Jack duas vezes com estátuas mágicas era um bocadinho evil. :P
O combate foi um desafio à altura, tendo o seu momento alto ocorrido quando o Sid ficou com as duas bracers presas nos “enormes seios de pedra da Amazona-golem-elfa”.
Se a Karelya te visse!!!
Liches (CR 7)
Bem, e a surpresa em forma de comité de boas vindas estava no interior da sala de magia, com quatro liches fofos à espera dos jogadores. O cenário foi talvez o mais interessante em que jogámos até aqui. Infelizmente os liches não estiveram à altura... Os REF saves do grupo são demasiado altos, e eu evito usar os spells de WILL para fazer dominate ao grupo. Isto torna os spellcasters quase obsoletos, a menos que estejam apoiados com melee. Assim, os magos acabaram por passar “quase despercebidos”... Tirando um ou dois magic missile na peúga púrpura, e a web, ao qual o Gengibre escapou com grande nível, os “ai-e-tal-coitadinhos-de-nós-estamos-tão-mortos-com-liches” nem serviram para aquecer.
Ora, somando tudo, acho que os combates foram muito bons (ainda faltam os shadow dragons e os advanced fiendish driders...).
Os Fenmarel’quessir
Após o resultado algo inesperado da sessão anterior, era preciso, em tempo recorde, desenvolver o que quer que houvesse no Sul, e que poderia vir a servir como aliado dos refugiados de Caer’bara. Surgiu-me a ideia de criar de raiz toda uma civilização élfica que tivesse um estilo de vida meio cigano, e que fosse diferente do habitual. Pegar no “mito” dos feral elves e trabalhar em redor do mesmo, pareceu-me interessante. E aqui temos novas personagens, diferentes, interessantes, originais, e que podem ajudar a redesenhar o que conhecemos como “A Grande Floresta”.
Algo que eu gostaria de salientar pela parte positiva, foi a imediata decisão do Sid de começar a aprender a língua dos Fenmarel’quessir. É bonito, muito in-character (sempre em busca de conhecer novas gentes e os seus hábitos), e vai dar bónus de role-play ao Gengibre (a anunciar).
»» Pelo Pior:
Pessoalmente, não tenho nada em particular a apontar pelo pior. No entanto, o Gengibre enviou-me uma mensagem a dizer que se sentia magoado por estarem constantemente a atirar-lhe à cara que é chulo. Tendo noção que tenho parte da responsabilidade nisso, aproveito para pedir desculpas – aqui perante o tribunal – pelo ocorrido. Em parte, sabem que eu chamo chulo a tudo e todos, na maioria das vezes na brincadeira, mas nesta sessão, agora pensando em retrospectiva, é provável que tenha sido mais “cáustico”, e obviamente a minha intenção nunca é fazer os jogadores sentirem-se mal (a menos que se trate do David).
Já tivemos muitos debates em torno do “power level” das personagens, e eu continuo a defender a minha posição: na minha visão, acho que as personagens estão muito bem para a tipologia de campanha em que jogamos. Também devo dizer que me custa um bocado ver sessão-após-sessão tanta contestação em relação aos bichos que eu coloco no caminho do grupo. Em quase quarenta sessões, somente por duas ou três vezes é que surgiu um desafio “over the top”. Todos os restantes são rigorosamente ao nível do grupo, e quando coloco algo mais forte, faço as adaptações que julgo necessárias para equilibrar com o grupo, como foi o caso de retirar os +8 de dano do golem. Já disse várias vezes: comparem as personagens com os bichos que estão nos “livros oficiais” e vejam se de facto estão tão indefesos como constantemente se queixam. Eu continuo a achar que vocês fazem as comparações pela negativa, reclamando que as personagens deviam estar muito mais fortes, que é precisamente o que ocorre no estilo de jogo Americano, que é delineado por combates atrás de combates atrás de combates. Em mais de 75% dos casos, o grupo derrota com extrema facilidade os adversários, e isso eu sei melhor do que ninguém, pois sou eu que estou deste lado do tabuleiro, e como tal tenho uma leitura privilegiada.
Também me parece excessivo o vendaval que acontece quando aparece um bicho com damage reduction ou que tenha uma habilidade que seja particularmente resistente a algum membro do grupo, seja o facto de serem imunes a criticals, ou estarem protegidos contra grapple, ou outra coisa qualquer. Em 90% dos casos a reacção é exagerada, dando a entender que as personagens são umas “princesinhas” que assim que aparece algo menos fácil fazem beicinho e dizem “não brinco mais!”.
Em relação ao Sid estar mais forte do que o resto dos companheiros, convém não esquecer que praticamente em cada sessão o Gengibre compra equipamento para investir no potencial do Sid, algo que não acontece com os outros membros do grupo... Posto isto, é mais que óbvio que os saves dele são melhores, as habilidades dele são melhores, e o equipamento dele é melhor. Não me parece justo estarem a apontar baterias ao DM e a dizer que as personagens estão fracas, quando só um dos membros do grupo é que usa o loot dos combates para melhorar a personagem...
Se aparece um bicho que voa: amuam porque “não faço nada e mais vale ficar aqui de braços cruzados”.
Se levam uma porrada grande: amuam porque “o DM não lhes dá poções de cura”.
Se aparece um bicho com Fire Resist 10: amuam porque “as minhas armas não prestam, não consigo fazer dano ao bicho, mais vale ficar de braços cruzados”.
...
E DEPOIS EU É QUE SOU A PRINCESA!!!
»» O Momento da Sessão:
A batalha com as inferno spiders está ao rubro. De cima do telhado, o troll diz: “Vou fazer charge, saltar cá de cima, e esmerdar a aranha toda! Tou para aqui com esta treta toda, e ainda me sai um fumble...”
O troll rola o dado: 1
A gargalhada é geral. O momento é profético. O DM não pode perder a oportunidade, e atira o “charging werewolf” para dentro de um poço... que está a seis metros da aranha...
Só porque é o David... :P
»» Nota da Sessão: 18/19
Em termos de role, a coisa correu muito bem, em termos de ambiente o mesmo se passou, e, como já referi, os combates foram muito giros. Tudo junto, leva esta a ser uma das sessões com melhor nota até ao momento.
»» Lições e Considerações:
O que eu teria feito diferente? Se voltasse atrás, provavelmente substituía os golems por shield guardians, e punha os liches a descer as escadas, fazendo um combate mais dinâmico.