Tendo em conta a dificuldade crescente de ter sessões regulares numa campanha a longo-prazo, e tentando “saciar a fome” dos fanáticos de D&D (eu incluído), uma forma de dar a volta ao vazio criado pelas sessões canceladas à última da hora pode ser a adopção de um cenário livre de aventura, um pouco ao estilo das BD originais do Conan. Numa revista o Conan podia estar numa cidade a assaltar a torre do feiticeiro mau, e na revista seguinte já o tínhamos noutra cidade a matar uma anaconda de cinco metros num templo de Seth, o deus-serpente.
Este tipo de liberdade pode permitir uma dose gigantesca de criatividade e improviso, se um grupo de D&D se dedicar a isso, tirando umas folgas das campanhas extensas, mais sérias, e que envolvem mais trabalho. As aventuras podem ser centradas na grande cidade “Shadizar” (nome roubado a Conan), ou com qualquer outro nome, e a partir daí o improviso toma conta. Não só da parte do DM, mas também dos jogadores, que assim podem ajudar a criar uma campanha peça-a-peça, inventando deuses e afins consoante a necessidade. Isto dá espaço para jogar as mini-quests oficiais que sempre quisemos jogar, mas que nunca se enquadraram com as campanhas-mães, ou experimentar jogar uma classe diferente, ou uma raça diferente. Permite alternar de DM, e ir criando uma espécie de “Enciclopédia/Atlas” onde a criação do mundo é feita por todos, a pouco e pouco.
Em suma: muita sword & sorcery ao estilo da velha escola Conan, onde a imaginação não tem limite.