quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Descrições & Informação"

Existem inúmeras formas para um DM fornecer informação aos jogadores. No caso particular das cidades – enquanto centros de excelência para o grupo interagir com os NPC, descansar e adquirir recursos – qual será a “medida adequada” para conseguir passar aos jogadores o “ambiente” de cada cidade?

2 comentários:

Psygnnosed disse...

É melhor espetar com um mapa da cidade à frente dos jogadores mal eles entram numa cidade, ou deixá-los explorar os bairros?
Que descrição deve ser feita da cidade? Algo exaustivo, referindo a arquitectura, as cores, cheiros, sons, aspecto das pessoas? Ou apenas traços gerais e referência aos dois ou três edifícios mais importantes da cidade?
O que é que faz os jogadores sentirem-se “confortáveis” numa cidade imaginária? Serão os NPC com quem interagem? A História da cidade? Os “grupos de poder”?
Como é que cada cidade se torna única, sem cair no erro de dar informação em demasia e com isso dispersar a identidade da cidade?
Qual deve vir primeiro? O ovo ou a galinha? O mapa ou a exploração da cidade sem quaisquer influências?
Muitas vezes, usar imagens de outras referências pode “estragar” o efeito, pois estas ao serem reconhecidas perdem por completo a identidade. Mostrar uma imagem do Conan e apresentá-lo como “Ratnaruk, o chefe da tribo” não vai servir de muito, pois aos olhos dos jogadores será sempre Conan.
Qual é o segredo que permite que apenas ao dizer o nome da cidade, de imediato os jogadores a conseguem “visualizar” e distinguir de todas as outras?

Alex disse...

Bleh?
Porque é que o céu é azul e não amarelo como o sol? Porque é que o chocolate é castanho e não verde?

Acho que estás a ser um bocado retórico... E muito obsessivo :P. Não há uma fórmula mágica para que um sítio ou personagem tenham um maior impacto na história. Depois de tanto tempo a tentares obcecadamente fazer sessões "perfeitas" e depois de teres dito em algumas mensagens anteriores que já tinhas percebido que depende muito do desenrolar das coisas e que muitas vezes o mais inesperado dos pormenores pode tornar-se importante, isto agora parece um passo atrás...

Não existe uma formula quantificável para tornar melhores ou piores as descrições quer dos locais quer dos npcs. E não é relevante a longo prazo se os jogadores têm um mapa antes ou depois. É inconsequente.
Muitas vezes é um misto da imaginação de cada jogador, da disponibilidade que têm no momento para a descrição que estão a ouvir, da razão que os levou à cidade... Enfim, factores incontáveis.

Dito isto, parece-me que a nível das descrições devem vir com peso e medida; nem de mais nem de menos. tipicamente a melhor forma é dar uma introdução ligeira à cidade e aos pormenores mais relevantes e depois ir inventando à medida que os jogadores vão solicitando mais informação; recorrer a informação sensorial (cheiros, sons) de forma razoável ajuda bastante a criar o mood.
Quanto ao resto parece-me redundante... O "conforto" que a cidade pode dar dependerá sempre de jogador para jogador, assim como os npcs mais importantes e afins; o mapa e/ou a exploracao da cidade também me parece pouco importante, mas ter um mapa também ajuda a construir a imagem mental da cidade. O recurso a imagens é importante e ajuda bastante, mas vai ser complicado usares imagens que não tenham já referências anteriores ou estereotipos. Até pode acontecer que essas referências possam ser positivas. O Ratnaruk, chefe da tribo, pode não ser o Conan, mas será sempre um bárbaro aos olhos dos jogadores.