segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"Sessão 9: Jack, The Ghoul"


E foi por uma unha negra que Jack não passou de “Cidadão Honorário dos Silver Marches”, para “Jack, The Ghoul Lord”. Verdade seja dita, até ficava uma bela combinação: os ghouls são roxos, a pena é roxa!

» Nota da Sessão: 14/15
Há uma razão que me faz ter vontade de subir a nota para 16/17, e outra razão que me faz querer baixar a nota para 12/13.

» Pelo Melhor:
Os combates foram desafios exactamente “no ponto”. Não foram um passeio pelo parque, nem foram algo além das capacidades do grupo.
Comecemos pelo dragão. Eu tinha que arranjar uma maneira de deixar o David jogar. Nem ia fazer um jogador estar uma sessão inteira a olhar para o boneco, nem ia ter uma daquelas saídas perfeitamente idiotas do estilo: “Vocês entram na masmorra, e está tudo vazio, e encontram o Lithlandis lá a um cantinho.” Já tinha combinado com a Sandra, há umas semanas, que quando chegasse a altura certa seria revelada a razão de ela se conseguir subitamente transformar num silver dragon. Esta pareceu-me ser a altura certa. Bom, mas das duas uma: ou eu trazia o próprio Silverwing, e de repente o grupo era praticamente passado para segundo plano enquanto um dragão adulto varria tudo dentro da masmorra, ou, para ser algo mais ao nível da party, o Silverwing tinha que ser um jovenzinho, o que também não era uma solução plausível. Assim, apareceu o Ag’Agnis! E não o “Dragão Gagá”, com o caramelo do Alex o baptizou!!! Porra para o Alex que embirra com os meus NPC TODOS! Não há um único com quem ele não mande vir!
Em suma, acho que o timing para “as revelações” foi bom, para mais coincidindo com o timing perfeito para o Lithlandis fazer multiclass para Dragon Stalker.
Todos os combates resultaram bastante bem – em particular aquele momento de “estamos tão mortos”, quando pensaram que era a Qamara e a verdadeira Yeshelné que ali estavam! A parte engraçada: os “big badass demons” foram praticamente inofensivos, com a Qamara, o Vrock e os Bulezaus a falharem mais de 75% dos ataques, enquanto os cocós de nível 3 (ghouls, versão ghast) foram quem realmente colocou a fasquia no limiar “perigo”.

» O Momento da Sessão:
Jack está paralisado. Tem dois ghouls a morder-lhe, e a contagiá-lo com “ghoul fever”. Os três “Maurícios” aproximam-se dele e desatam a descarregar “chill touches” em cima dele. Não há nada que Jack possa fazer. Está com um “hold person”, e mesmo que fique com hp negativos, está para todos os efeitos “congelado em pé”, e os ghouls não vão parar enquanto ele não morrer. Jack chega a -12 hp. Basta perder 3 hp e transforma-se num ghoul dentro de algumas horas. Chega um dragão de prata e cura-o.
Spoil sport...


» Pelo Pior:
A chegada a Khundrukar era um dos momentos mais importantes da campanha – senão mesmo o mais importante. Há já algum tempo eu tinha anunciado que ia revelar o enredo da campanha com muita antecedência, em vez de guardar as revelações para o final. Infelizmente, ninguém tomou atenção rigorosamente nenhuma a tudo o que foi dito nesta sessão. Eu percebo que estivessem todos “on fire” para se vingarem da Qamara e libertar o Lithlandis, mas isso fez com que todas as peças do puzzle fossem relegadas para segundo plano, “matando” assim o possível impacte que a revelação do enredo pudesse ter. Agora, mais a frio, vou tentar enunciar todos os elementos importantes que foram dados durante a sessão:
- Existe algo chamado “O Pacto de Tiamat” que ninguém sabe ao certo o que é.
- Esse “Pacto” foi tentado pelos Morueme há cerca de um milénio, quando Tharkin matou Nahauglaroth.
- Neste momento, Olothontor está aliado a Kasdeva-Oryax e a um terceiro dragão, supostamente para realizar esse Pacto.
- Existem três locais de poder mágico que estão ligados ao “ritual”: Khundrukar, provavelmente alguma coisa nos desertos de gelo para lá das Montanhas da Coluna do Mundo, e um terceiro local onde “Olothontor terá andado há dois anos” (vá lá, esta até um ghoul chegava lá...).
- A única fonte que poderá desvendar o que é o “Pacto de Tiamat” é um livro chamado Draconomicon que se perdeu na queda de Netheril (a passagem do livro tem uma pista importante).
- Olothontor está a quatro meses de se tornar um Great Wyrm.

Juntando as peças do puzzle: vocês têm quatro meses de tempo real na história para descobrir o que é o Pacto de Tiamat, e impedir que Olothontor e os seus aliados o concretizem. Falta-vos apenas “a derradeira peça” que é saber ao certo o que é o Pacto. Para isso precisam do Draconomicon.
Qual é o “catch” no meio disto tudo? O Olothontor é neste momento um “Blue Wyrm” (CR 23). Como sabem, a campanha acaba a nível 20. Isto significa que, têm quatro meses para chegar a nível 20 e conseguir reunir poder suficiente para matar o Olothontor. Se ele completar o Pacto, ou se ascender a Great Wyrm (CR 25), ele ganha, vocês perdem.

É um enredo simples, mas que me parece interessante q.b. Não é “a invasão do army of darkness”, ou a “ressurreição do deus do mal”, ou “the usual Dragonlance stuff where the entire world is about to go boom!”. É uma corrida, e quem chegar primeiro à meta, ganha. :)
Como é óbvio, nem o Olothontor nem os seus amigos vão ficar quatro meses sentados à espera que vocês cheguem ao pé deles para os matar. “Expect some *minor* nuisances along the path...”

» Lições & Considerações:
1. High Level Play tem algumas complicações. Os combates, mesmo simples, ocupam mesmo muito tempo, e para o DM começa a ser algo “penoso” conseguir gerir tanta informação. As opções quase intermináveis de spells e innate abilities obrigam a ter as coisas muito bem preparadas, ou levam a que se cometa uma série de erros motivados pela distracção ou pela simples limitação da atenção que o cérebro humano consegue dispensar a várias coisas em simultâneo.
E isto ainda estamos a nível 10. Começo a recear um pouco o que vai sair daqui em diante.


2. Actualmente fazemos muita palhaçada nas sessões. Parece-me que quase tudo é levado na brincadeira, mesmo as partes de role-play puro, ou os momentos que deveriam ser “mais dramáticos”. Aqui faço um mea culpa, pois sei que também tenho boa parte da responsabilidade disso.
Mas não sei se isto é bom, ou se é mau... Os momentos de “comic relief” tornarem-se “a prática normal” em cada sessão é algo saudável, ou é algo que começa a “destruir” o potencial de uma história épica e dramática, que aos poucos começa a ser encarada como um “filme do Shrek”?
Não que eu tenha alguma coisa contra os filmes do Shrek... :P


3. Custa a aceitar que por vezes as coisas não correm tão bem quanto esperamos, ficando por vezes aquém das expectativas. O meu plano inicial passava por ser o Silverwing a revelar-vos o plot depois de saírem de Khundrukar. Infelizmente, a necessidade de colocar o Ag’Agnis levou-me a ter que adaptar a situação, e assim o resultado final não saiu como eu esperava. Fiz asneira. Só deveria ter feito as revelações depois de encontrarem o livro do anão. Mas agora já está, e como não sou a favor de “retcons”, há que seguir em frente.


4. As regras alternativas para fear effects, hold person, etc. que pensei para esta sessão deram bom resultado. Podem ainda necessitar de limar algumas arestas, mas pelo menos continuam a ser penalizantes q.b. para o jogador, sem o colocar numa situação de “ficas aí 10 minutos a olhar para a parede”. Vou começar a fazer uma folha de “house rules” para estar sempre acessível para consulta.


5. E mais uma vez, isto lá ficou num testamento como o Jack, The Ghoul, tanto gosta. :P

3 comentários:

Alex disse...

É o costume :P Resumidamente:

Ag'ag = Gaga. não tenho culpa dos nomes marados que metes aos npcs...

Os combates foram muito bons, conseguiste manter um bom climax sem morrer ninguém... quase.

Pelo "dito" pior:
Acho que não estás a pensar bem. Khundrukar foi muito bem introduzido e o plot parece muito interessante. Mas não te podes esquecer que estamos sob um peso bem considerável da história que está a ocorrer neste momento. Enquanto Jack, a minha preocupação neste momento é impedir que todos os humanos das Silver Marches passem a ser escravos dos anões... Isto, presumindo, que ainda vou a tempo. Em momento algum dei pouca importância à questão do Pacto, mas primeiramente o Jack quer conseguir perceber como pode usar essa informação para salvar os Silver Marches. Isto é como falar do que vou comer para o jantar quando estou esfomeado para comer o almoço :P
Por isso o dito impacto que pretendes dar-nos com esta história não assentou ainda porque estamos preocupados com o mal presente e não com o mal futuro... O que é para resolver até daqui a 4 meses é a minha menor preocupação quando os Silver Marches vão para o caixote daqui a 2 dias...

E nesta altura, nem como Jack nem como Alex vejo formas de conseguirmos acabar esta guerra "a bem". Porque mesmo que achemos aqui a end-all com os dwarves, nunca o pacto dos silver marches vai ser retomado (muito menos em 4 meses) depois dos elfos terem que fugir e os humanos serem subjugados...

E mesmo que o end-all (que é a unica hipotese decente que consigo ver neste momento) é sairmos de khundrukar com todos os anéis e a Lança de Moradin e o grande rei unificador ser o Khankrauser, que de imediato manda cessar a guerra, não conseguimos em menos de duas ou tres semanas avisar todas as frentes anões desta informação. Onde estarão os humanos nessa altura? Vivos, presumo, mas subjugados e de espírito quebrado. E sabe Corellon o que é que os elfos já terão feito por essa altura...

Queres uma sugestão? A não ser que os anões tenham uma grande, mas mesmo grande perda nas próximas semanas ou então qualquer cessar-guerra vai tornar-se novamente em guerra fria. Nunca há paz (talvez nem sequer uma ilusão de paz) quando não há equilíbrio entre as várias facções. E os anões já demonstraram claramente que estamos bem longe de qualquer equilíbrio. Especialmente do ponto de vista dos humanos.

Sid disse...

por partes:

Os combates estavam giros, ainda nao fiquei mt convencido daquela manobra marada da cabra 665 de ficar com cover por ficar deitada em cima da pedra, but dm rules =P

ainda nos combates, a introduçao a novos demonios em novas quantidades, e desta vez em 3 encounters (eu sei que demora algum tempo de sessao fazer isto)
deu um visual mais habitado a Khundrakar que secalhar querias dar, e com mais desafiu, ora entramos porrada!, chegamos a meio muita porrada!, chegamos ao fim(digo eu) oh shit! bosses!
outra tatica gira mas nevertheless irritante foi a dos sobrevivente de cada combate teleportarem-se para o proximo, pena a Qmara ter feito o mesmo sem levar outro tiro...
Mas os desafios foram muito bons, foi mesmo introduçao, desenvolvimento e conclusao, eu estava a preparar as minha habilidades mais fortes para um combate final, por isso é natural que nao tenha dado tudo nos combates anteriores, mesmo assim no combate final, fiquei durante um turno a 10hp O.o


O momento da sessao do jack foi pure evilness do DM, provavelmente o unico momento deste genero da sessao sendo que ele tava sempre a
mandar os bixos "save affecting" contra mim e o resto da bixarada correspondente contra o resto.
No ultimo combate foi feito um hold person ao Dragao e o DM quase tava a pedir por favor =P

Na dita parte do "pelo Pior"
Concordo com o Alex no ponto em que nos deste a continuaçao da plot antes de sequer completarmos a parte da plot em que nos encontravamos, resultado disto é confusao geral na cabeça dos jogadores que ficam a pensar como raio vao acabar a plot em que ja estava metidos (guerra fria dos silver marches). Tais pensamentos vao ocupar o devido espaço que a revelaçao da segunda plot (4 messes to kill da dragon)
iria ter nas mentes do jogadores.
Mesmo tentando o unico interesse que a "Segunda plot" existente é matar um dragao que pertence a um evil cult de dragoes, tirando o Lithlandis que tem a quest para matar esse bixaroco em especifico os outros ainda nao se enquandram a 100% devido a ligaçoes para com a primeira plot apresentada nesta 3ª parte da campanha, o Jack com a politica dos silver marches e resoluçao dos problemas da guerra e do pacto dos silver marches, o Sid tem ta equilibrado para ser sincero, tanto na primeira plot tem os anoes e a Karelya com que se preocupar, como tem na segunda plot algumas partes da quest pela scroll of Io, como a remota possibilidade do livro Draconomicon falar algo sobre o assunto e o sangue do Olothontor para completar o ritual.

Conclusao: ganhamos varias pistas e revelaçoes para uma futura missao, e ainda estamos a completar uma grande missao actual e para qual ainda nao temos soluçao. neste caso os jogadores conscientemente ou insconscientemente optaram por ficar preocupados e concentrados na primeira missao onde todos tem interesses (Lithlandis com elfos, Jack com o pacto, Sid com os Anoes.)

As pistas que foram ai apresentadas acho que toda a gente ouviu mas como acima referi, nao deu tanto impacto como a resoluçao daquilo que considera-se o grande problema a mao.

-“O Pacto de Tiamat” que ninguém sabe ao certo o que é.
"foi a confirmaçao de uma suspeita de haver uma força unida a trabalhar contra os marches"

- Esse “Pacto” foi tentado pelos Morueme há cerca de um milénio, quando Tharkin matou Nahauglaroth.
"deixanos a saber que os Anoes ou se tinham apersebido dos planos do pacto e lutaram contra a sua concretizaçao, ou que os Morueme tentaram avançar com o pacto a força obrigando os Anoes a retaliar contra as suas forças maleficas."

- Neste momento, Olothontor está aliado a Kasdeva-Oryax e a um terceiro dragão, supostamente para realizar esse Pacto.
"Um dragao branco(ESTUPIDO=P) nome qualquer coisa cristal(tenho de ir ver as minhas notas) que reside no norte, onde tambem se encontra outro "centro de poder" do pacto de tiamat. Ou seja um futuro destino e inimigo para nos preocuparnos quando soubermos que os silver marches nao se vao auto destruir

- Existem três locais de poder mágico que estão ligados ao “ritual
"isto deixanos a saber a saber grande parte da logica do plano de inimigo que no futuro vamos enfrentar"

- A única fonte que poderá desvendar o que é o “Pacto de Tiamat” é um livro chamado Draconomicon que se perdeu na queda de Netheril (a passagem do livro tem uma pista importante).
"um livro em que o Sid tambem esta interessado, como de certeza o Lithlandis, que serve principalmente para nos dar uma pista sobre um inimigo que vamos preseguir depois de salvar os silver marches de si proprio.


- Olothontor está a quatro meses de se tornar um Great Wyrm.
"isto danos a data-chave do tempo que temos para acabar com o plano do pacto de Tiamat antes de ele ficar concluido, mas é coisa que mais uma vez, so tera interesse apos a conclusao do que vai acontecer as tres raças ex aliadas dos silver marches.

-Se ele completar o Pacto, ou se ascender a Great Wyrm (CR 25), ele ganha, vocês perdem.
"Nos ainda nao sabemos o porque certo desta afirmaçao, seja por falta de pistas ou por falta da minha noçao das coisas: entao se ele ficar com CR25 é impossivel para uma party bem equipada de lvl20 matar? por causa dos efeitos especiais do pacto? se sim nos nem sabemos. Quando ele chegar a great Wyrm tambem nao sabemos os seus planos depois disso...vai apenas live and let live? vai finalmente eliminar a linha aerea de Dirigiveis dos gnomos?
vai mandar um bafo e rebentar com silverymoon?Mitrhal hall? high forest? os 3?
vai procriar ou transmitir uma doença ate que o mundo fique so com uma raça Ariana de half dragons?
vai invocar ou tomar a forma de tiamar?
vai destruir Bahamut e todos os good dragons do mundo, criando espaço para os dragoes controlarem o mundo?
vai andar no seu dia a dia a fazer planos maleficos para enganar as pessoas, gozar com elas, pegar nelas e atiralas e queda livre?
ou vai decidir que esta farto de todos e começa a matar os seus antigos brinquedos?

pelo que tu dizes nao é metade das coisas que eu dei possibilidade. Para mim é uma meta ainda pouco nitida para concentrar a minha full atention comparada com o chaos em que os silver marches estao agora a enfrentar


-Actualmente fazemos muita palhaçada nas sessões. Parece-me que quase tudo é levado na brincadeira, mesmo as partes de role-play puro, ou os momentos que deveriam ser “mais dramáticos”. Aqui faço um mea culpa, pois sei que também tenho boa parte da responsabilidade disso.
"temos todos um bocado culpa, especialmente eu tenho andado muito nesse lado, vou tentar limitar mais esse lado das sessoes.
Para me ajudar tenho uma sugestao para o Dm:"

fazeres menos vezes descriçoes de ""voces ficam pasmados/de boca aberta"" e guardares para isso para momentos mais raros(eu sei que supostamente sao, mas tao a se tornar mt comuns;).
se em 3 sessoes temos umas 9 situaçoes que estao sempre a deixarnos obrigatoriamente de boca aberta a descriçao começa ou a criar um certo "yaaawwnn been there..." cria o hambiente com o descriçao como tu fazes e fazes muito bem e guarda a descriçao-sentimental-chave para um momento em muitos ou modifica.
atençao isto é uma opiniao inteiramente minha que ainda nem discuti com ninguem posso como sempre estar errado :)

as sessoes nem sempre sao ou podem ser perfeitas, este discurso todo foi em honra a vontade de auto-flagelamento para a qual o Jorge pede tanto a nossa ajuda para criar sessoes de cada vez melhores.

Fico a espera para ver as regras alternativas dos spells com "nao fazes nada" effects

Psygnnosed disse...

[Alex] Em momento algum dei pouca importância à questão do Pacto, mas primeiramente o Jack quer conseguir perceber como pode usar essa informação para salvar os Silver Marches.

Aqui foi inteiramente culpa minha por falhar em perceber isto. Regra geral eu entusiasmo-me muito com a campanha, e “meto a quinta” quando o jogo começa a evoluir para momentos interessantes. Faltou meia hora a esta sessão para as coisas terem corrido bem. Vocês descobriam aquilo que vão descobrir nos primeiros minutos da próxima sessão, e depois então eu revelaria o plot. Ou até mesmo mais tarde. Aqui foi inteiramente asneirada da minha parte. Acontece, está feito, não vale a pena bater na mesma tecla. Agora é corrigir a situação.

[Sid] Os combates estavam giros, ainda nao fiquei mt convencido daquela manobra marada da cabra 665 de ficar com cover por ficar deitada em cima da pedra, but dm rules =P

O teu problema é que estás a pensar que a cabra está deitada em cima de uma mesa. Eu disse especificamente que ela estava caída “a uma altura maior do que tu”. Mas para o tira-teimas, faz a seguinte experiência: coloca um amigo teu em pé em cima de um armário. Tenta atingi-lo. É fácil, ele está 95% visível. Agora diz-lhe para se deitar no armário. Consegues atingi-lo? Neste momento, com sorte, consegues ver-lhe os pés. Repara que eu fui até benevolente, disse que ela estava apenas com 50% de cover.

[Sid] No ultimo combate foi feito um hold person ao Dragao e o DM quase tava a pedir por favor =P

Sim, digamos que o teu tiro certeiro na Qamara foi na altura-chave. Eu estava já a começar a desesperar e a pensar “Como raio é que eu vou justificar que a Qamara se retira da batalha? Ela consegue ganhar com um braço atrás das costas!!!”.

[Sid] fazeres menos vezes descriçoes de ""voces ficam pasmados/de boca aberta""

Agora que paro para pensar a sério nesta questão, dou-te razão. Inicialmente eu achava que pecava por fazer muito poucas descrições, e achei que devia começar a fazer mais descrições para “melhorar o DungeonMastering”. No entanto, agora foi uma sucessão da “deslumbrante Alustriel”, o “deslumbrante Palácio de Silverymoon”, o “deslumbrantemente-deslumbrante Mithral Hall”, o deslumbrante Khundrukar”... O problema de se jogar nestas campanhas, é que Forgotten Realms foi feito para se jogar em High Level, onde PC e NPC devem andar em níveis 15 e afins. Quando se pretende fazer evoluir uma campanha desde níveis mais baixos, temos o problema de haver demasiado “power level” existente. É por isso que de futuro vou repensar as campanhas, desenvolvendo-as em zonas mais “inóspitas” e com menos “cidades com 300 wizards de nível 20”.


A grande conclusão que devo retirar, como DM, disto tudo: abrandar. Reduzir a minha “velocidade” natural, para deixar as coisas correram ao seu ritmo normal. De futuro, não dar tanta atenção ao “macro-planning”, mas sim ao “micro-planning”, pois é esse nível que toca directamente nos jogadores, e é muito fácil um DM ainda algo inexperiente cair no erro de se esquecer que enquanto ele sabe exactamente o plot todo, os jogadores só conhecem pequenas partes. Como tal, é essencial que essas partes estejam todas muito bem trabalhadas.