segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"Sessão 6 - Dungeons & DEMONS"


For the record: 210 minutos de combate! Estabelecemos um nove recorde. E que recorde! O combate foi brutal. Foi a segunda vez em que o grupo foi levado ao extremo. E curiosamente, a primeira também foi contra demónios...
A imagem acima mostra bem o que foram boa parte dos 210 minutos: o tigre da Sionna abraçado aos demónios...

» Pelo Melhor:
O cenário. Passei muito tempo a pensar em como iria montar um cenário que deixasse passar um ambiente de caos total e destruição. O combate desenrolou-se de forma muito interessante. O Sid surpreendeu-me com a “potion of fly”, e tornou a o combate aéreo num momento de puro espectáculo. Qual DragonBall, qual carapuça! Sidgoku for the win! Quando eu pensava que o Vrock ia passar o tempo todo a fazer telequinésia e coisas feias, eis senão quando o monge decide levantar voo e agarrar no bicho pelo pescoço. Prodigioso!
Foi um combate esgotante, que ocupou a sessão toda, mas valeu a pena.

» Pelo Pior:
Combates longos significam que chega a uma dada altura em que o DM fica sem opções de combate. Depois de se esgotarem os feitiços, depois de acabarem as spell-like abilities... resta o quê? Claw-claw-bite; claw-claw-bite; claw-claw-bite...

» O Momento da Sessão:
I. Sidgahrd puxa da sua luneta e vê Yeshelne, a sacerdotisa de Corellon, montada em Kasdeva-Oryax.
II. A Lua Cheia surge no céu nocturno. Lithlandis falha o “control shape” a meio do combate com os Hezrou.... Está a 11 hp... Ouch time...

» Lições & Considerações:
A verdadeira party chama-se “animal companion I & animal companion II”, tudo o resto são figurantes. É uma maldição, mas é a mais pura das verdades, seja a que nível for, os bichos acabam sempre por ser mais importantes do que os PC nos momentos cruciais. É o fim do mundo em cuecas!
A forma como o pessoal da WotC estabeleceu os CR continua a deixar-me a bater com a cabeça nas paredes. Os Hezrou, CR 11, têm na habilidade “stench” o simpático efeito de deixar toda a gente a 10 ft deles nauseated, a menos que passem um Fortitude DC 24. Nauseated quer dizer especificamente que vocês não fazem rigorosamente nada para além de uma move action. E note-se que o efeito é “permanente” enquanto estiverem junto a ele... Um Fighter de nível 11 tem +7 a Fortitude. Se considerarmos um valor elevado de Con (17), isto significa que ele tem que rolar pelo menos 14 para evitar ficar tão impotente como um recém-nascido... E estamos a falar de Fighter, que é que tem o Fort mais alto de todos.
Antecipando logo esta situação – e além do mais, rejeitando de base qualquer condição que deixe os jogadores sem quaisquer opções – decidi mudar o efeito para “sickened”, o que faz com que a malta tenha apenas uma penalidade de -2 em todos os rolls.

E basicamente foi isto... Mais uma sessão, mais uma panóplia de surpresas e revelações perturbadoras!


» Nota da Sessão: 16/17.

3 comentários:

Alex disse...

A sessão foi gira, é pena só ter conseguido chegar tarde.
Relativamente aos CRs dos monstros, isso sempre foi assim. Existem alguns monstros no livro que são muitíssimo mais difíceis de matar do que deviam, especialmente os demónios/abissais, os undeads e os anjos/celestiais. E existem alguns monstros perdidos pelo monster manual que têm habilidades parvas. Existem uns ghouls de nível baixo (cr 4 ou 5), que limpam parties de nível 10 com muita facilidade...

A outra coisa que retirei da sessão é a brutalidade que estão os damage reductions agora... Antigamente eram um bocado inúteis porque DR 10/(qualquer coisa) era SEMPRE quebrado por magia (ou objectos mágicos). Por isso a partir de nível 4 ou 5 com a introdução de armas +1 tornava-se inútil. Agora, aparentemente só é quebrado com o qualquer coisa... A nossa party é muito baseada em múltiplos ataques de pouco dano cada um, e como tal é muito vulnerável a isso... Temos que nos precaver de alguma forma contra isso... Em último caso, andar com umas great swords dentro do bolso just in case :P

Sid disse...

MALDITO VROCK!!!nunca mais morria o raio do bixo, o que me faz lembrar que tambem quero um HP igual ao dele...

Bem vou falar entao de pontos soltos que me vem rapidamente a cabeça da sessao:

Na parte do "pós batalha"
Note-se que quanto a monga eu nao estava indeciso no que lhe dizer, mas o nome da criatura e as respostas a que dava aliadas a necessidade de acompanhar o sir Jack na sua viagem diplomatica nao me deixaram dizer tudo o que tinha para dizer, mas nao faz mal na proxima sessao tenho umas 5 horas de oportunidades para instruir a Horacia no caminho do UNLIMITED POOOOWWWWWWWAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!

tenho de sublinhar que gostei de ver os dois dwarfs do interludio dos Tuneis de Sundabar, acho que é recompensador para os jogadores verem ex personagens suas nao esquecidas no mundo e a continuar o seu percurso =) MaGlubiYET!

A Elfa montada no dragao deu muito que pensar a toda a party, e quando alguem vee ainda mais wild elfs no confronto ui! onde vai isto parar?

Bem por ultimo tenho a dizer que estes novos epilogos no fim das cronicas estao a dar um novo agradavel sabor a historia, o sor doutor psy tem o meu voto para a continuaçao de Epilogos em todas as futuras cronicas =)

Psygnnosed disse...

Damage Reduction:
Gosto muito da regra 3.5. O facto de em D&D se usar a "magia" como desculpa para tudo, mina por completo muito do "risco" que se pode associar ao jogo. Pela interpretação que se fazia anteriormente, qualquer personagem a partir de nível 2 tornaria obsoleta a característica de DR. Assim, faz mais sentido, e tem real efeito seja a que nível for.
Vão-se preparando, pois quando eu anunciar que o Olothontor tem DR 50/Lawful Good... vocês até vão ver estrelas roxas e amarelas! >:]

NPC:
A minha aposta forte sempre foi em criar o "nosso" Faerûn, e não limitar-me àquele que está no livro oficial. Usar personagens que foram criadas pelos jogadores em "sessões extra" faz muito mais sentido e garante que os jogadores tomam muito mais atenção a estas, do que se forem simplesmente dois-anões-de-Moradin-com-nomes-que-o-Alex-nunca-vai-decorar-nem-que-tenham-apenas-duas-letras. :P

Horácia:
Tinha pensado há uns tempos em oferecer um discípulo ao Sid, mas fiquei sempre hesitante por não saber como o Pedro reagiria à ideia - até pelo facto de o Sid ser um monge muito pouco convencional. Quando na semana passada o Pedro veio-me pedir para eu lhe dar mais oportunidades de role-play para desenvolver a personalidade da personagem, recuperei a ideia. Assim nasceu a pobre Horácia, vítima do destino caótico - mais uma vez provocado por vossa culpa! - e que é na minha perspectiva uma monja tão caótica como o próprio tutor que procura! O nome... serviria apenas como "comic relief", e dava a possibilidade de até nisso haver uma conotação ao Sid.

Elfos:
Bom, da minha parte estou à espera para ver como é que vocês reagem a este novo elemento disruptor no plot!

Crónicas:
Ainda bem que gostas! Passei muito tempo a pensar vezes e vezes sem conta qual seria o melhor formato/conteúdos para as Crónicas. Quando são demasiado extensas, perdem o interesse. Para esta nova abordagem estabeleci uma "regra": a sessão tem que ser toda descrita em apenas duas páginas. Digamos que até agora, mesmo com esforço, ficaram sempre nas três... Os epílogos surgem como uma ideia de vos deixar uma espécie de "provocação", como quem diz: "há algo mais a acontecer no mundo para além do alcance imediato das vossas espadas..."